Queremos fazer, nesse artigo, uma reflexão com você. Imagine uma situação em que você contrata uma empresa para terceirizar alguma parte da sua operação, como a entrega das mercadorias aos clientes. Só que essas entregas começam a atrasar e dia após dia sua empresa recebe reclamações. E aí você explica às pessoas que o problema está com o fornecedor. Para quem está ouvindo, não importa, pois é a sua marca que está ali como quem vendeu o produto. Esse é um dos pontos em que o ESG (Environmental, Social and Governance ou sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa) se torna crucial no seu negócio.

Saber escolher seus fornecedores é essencial para empresas que precisam terceirizar partes importantes da operação, para quem compra matéria-prima ou para quem tem relações de forma geral com outras empresas. A partir do momento em que sua empresa se relaciona com outras, é preciso ter cuidado. Vamos mostrar os motivos.

Riscos financeiros

Multas e sanções: As regulamentações estão ficando cada vez mais rigorosas em todo o mundo. O descumprimento dessas leis pode resultar em multas significativas, sanções e até mesmo processos judiciais.

Custos de litígios: Processos judiciais relacionados a questões ESG, como condições de trabalho precárias ou danos ambientais causados por fornecedores, podem ser extremamente custosos, tanto em termos de indenizações quanto de honorários advocatícios.

Perda de valor da marca: A má reputação associada a práticas ESG insustentáveis ​​pode levar à perda de clientes, investidores e parceiros, impactando negativamente o valor da marca e a lucratividade da empresa.

Custos com interrupções na cadeia de fornecimento: Eventos climáticos extremos, distúrbios sociais e outros riscos relacionados à sustentabilidade podem interromper as operações da cadeia de fornecimento, levando a perdas de produção, atrasos e custos adicionais.

Riscos operacionais

Dificuldades na obtenção de insumos: Empresas com práticas ESG deficientes podem ter dificuldades em encontrar fornecedores confiáveis ​​e que atendam aos seus critérios de sustentabilidade, o que pode levar a atrasos na produção e à escassez de insumos.

Aumento dos custos de logística: A crescente demanda por práticas sustentáveis na cadeia de fornecimento pode levar ao aumento dos custos de transporte e logística, especialmente para produtos com menor pegada ambiental.

Ineficiências operacionais: Práticas insustentáveis ​​na cadeia de fornecimento, como o uso ineficiente de recursos ou a geração excessiva de resíduos, podem levar a ineficiências operacionais, aumentando os custos e diminuindo a produtividade.

Dificuldades na atração e retenção de talentos: Talentos qualificados cada vez mais buscam trabalhar em empresas com compromissos fortes com os princípios ESG. Uma má reputação nessa área pode dificultar a atração e retenção de funcionários qualificados.

Riscos reputacionais

Dano à imagem da marca: A associação com fornecedores que possuem práticas antiéticas ou insustentáveis ​​pode prejudicar seriamente a imagem da empresa e a confiança dos consumidores, investidores e outros stakeholders.

Boicotes e protestos: Consumidores e ativistas podem boicotar produtos ou serviços de empresas que não demonstram compromisso com os princípios ESG, causando danos à reputação e perda de vendas.

Dificuldades na captação de recursos: Investidores e financiadores estão cada vez mais atentos aos critérios ESG ao tomar decisões de investimento. Empresas com histórico ruim nessa área podem ter dificuldades em obter capital e financiamento.

Perda de competitividade: Empresas que não acompanham as tendências de sustentabilidade e responsabilidade social podem se tornar menos competitivas no mercado, perdendo espaço para empresas com práticas ESG mais robustas.

São muitos os problemas, não é mesmo? Então, fazer uma análise rigorosa é essencial para você se proteger e também garantir que está fazendo negócio com empresas éticas e sustentáveis. Nos próximos artigos, vamos mostrar como você pode fazer essa análise de forma eficiente e ágil.